Política

Votação melhora, mas cidade ainda tem pouco voto na Consulta Popular

Apesar de todos os 19 municípios da área de abrangência do Conselho Regional de Desenvolvimento Central (Corede Central) terem conseguido o número mínimo de votos na Consulta Popular do governo do Estado, a participação foi muito baixa. Santa Maria, que tem o maior eleitorado (201 mil eleitores), ficou em último lugar, com 5.282 votantes (2,63%).

Os votos ainda não foram totalizados, o que deverá ocorrer somente na segunda-feira, mas a parcial divulgada pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, órgão responsável pela consulta, aponta que até as 23h55min de quinta-feira, apenas 509 mil dos 8,3 milhões de gaúchos votaram nos três dias de consulta (terça, quarta e quinta-feira).

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O fenômeno da baixa participação se repete em todas as regiões. A capital Porto Alegre, que o diga: apenas 4,4 mil dos 1,08 milhão de eleitores foram votar, o que representa um percentual de 0,41%. Na região do Corede Central, Dona Francisca foi o município com maior participação: 33% dos 3 mil eleitores votaram (veja ao lado).

Mesmo com a baixa votação de Santa Maria, o presidente do Corede Central, Antonio Calos Jordão, ficou satisfeito, pois no ano passado o município não conseguiu o número mínimo e ficou fora do orçamento deste ano. Para 2018, estão previstos para o Corede Central R$ 2 milhões, recurso que será aplicado nas duas prioridades eleitas pela população na Consulta de 2017.

Confira a votação na Consulta Popular  dos 19 municípios da região que pertencem ao Corede Central

– Realmente ainda é muito baixo, mas avançamos bastante. A participação de Santa Maria melhorou consideravelmente – comemora Jordão, que reconhece que a desconfiança e a descrença na política reduz a participação.

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O coordenador estadual da Consulta Popular, Teonas Baurmhardt, diz que a pouca mobilização se deve ao fato de outros governos não terem repassado os recursos da Consulta Popular aos municípios.

– Há um passivo muito grande porque os governos não repassavam. Reduzimos o valor, mas somos o único governo em 20 anos de consulta a repassar 100% do dinheiro – afirma Teonas.

Coordenador Regional de Participação Popular no governo Tarso Genro (PT), Paulo Conceição afirma que na gestão anterior havia mais participação da comunidade regional, com assembleias públicas e também a votação por cédula.

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– A forma de trabalho era diferente, era um trabalho constante de mobilização e não só na época da Consulta – diz Conceição, que admite que alguns recursos acabavam não sendo repassados por questões técnicas envolvendo projetos.

O governo do Estado ainda não havia concluído até sexta-feira a apuração de todos os votos para definir as demandas.


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